quarta-feira, 18 de agosto de 2010

COMO NASCE UMA VOCAÇÃO?


O mês Vocacional tem sua origem logo após o Concílio Vaticano II. Com o objetivo de despertar a consciência das comunidades para a sua co­rresponsabilidade, num período de crise das vocações de especial consagração. Em 1970 surgia a primeira experiência do mês vocacional no Brasil. Esta iniciativa deu certo, e em 1981, a Assembléia Geral da CNBB instituiu o mês de agosto, como mês vocacional para todo o Brasil.
Hoje, numa esfera humana mais global, buscamos viver intensamente nossas vidas. Naturalmente, ninguém deseja desperdiçar sua juventude em vão. Sonhamos em construir algo de bom para o futuro, se possível grandioso, que nos ajude a nos sentirmos felizes e realizados pessoalmente. Fazer nossa história acontecer!
No começo de qualquer jornada, com grande facilidade nos laçamos e apostamos alto na vida, devido ao grande censo de liberdade em nosso coração: Ser e Fazer o que Quiser, Ir e Vir, Gostar ou não Gostar... Não nos preocupamos muito, em refletir ou analisar a realidade social que nos cerca. Minha conduta vem ser apenas conseqüência de minha consciência e minhas vontades, alheia e indiferente. Talvez nem me preocupo com uma norma ou moral geral existente na sociedade. Ou em buscar a vontade de Deus para humanidade. Será que só a minha vontade é que deve contar?
Percebo que na ausência do silêncio interior, não haverá oportunidade para o autoconhecimento, ou até mesmo ouvir os apelos de Deus. Neste sentido, ainda corremos um sério perigo, de buscarmos também receitas pessoais prontas, pequenas parcelas de felicidades. Ou seguirmos até mesmo a vontade exclusivamente de nossos pais, ou das pessoas que gostamos, e isto nos bastaria por certo tempo.
Por isso, um dia, aceitei uma proposta diferenciada e ousada para minha vida, a qual a principio fugia não só da minha compreensão, mas da minha própria vontade inicial, além dão não aceitação e apoio da família e dos amigos. Pois, como caberia, descobrir e compreender uma felicidade maior, em uma vida de muita austeridade e sacrifícios. Talvez nesta existência não descubramos completamente, a profundidade do Chamado, que Deus nos faz. Além do que levaremos nossa vida inteira, em momentos de certezas, dúvidas, tristezas, alegrias, angústias, realizações, desilusões... Mas sempre será na crise, que se gerará: Um profundo Discernimento e uma Radical Opção de Vida!
Contudo, uma coisa é certa, e o mais surpreendente da história, é que aprendi o sentido de viver mais do que em “intensidade”, mas em “Verdade e Plenitude”, como nos promete e nos ensina Jesus Cristo. Não centramos nossa fé, unicamente em sua divindade, mas principalmente em sua humanidade. Isto, com certeza nos ajudarão a compreendermos mais nossas fragilidades.
Humanidade, esta que ainda muitas vezes, desconhecemos e desprezamos não só a Dele, mas a nossa propriamente. Não acolhemos sentimentos, desejos, vontades. Confundimos todos estes, facilmente com pecado ao longo da história.
Por fim, é necessário sairmos dos mundos das sombras e ilusões, nossa sociedade está cega, pelo egoísmo, pelo individualismo, pelas injustiças e pelas desigualdades. Além de que desde cedo, somos instigados a sermos estreitamente competitivos e lutarmos uns com os outros, prevalecendo à lei dos mais fortes, espertos e aptos.
Uma verdadeira Vocação nascerá deste espanto! O Espanto em perceber o absurdo e a beleza, que é a vida e de percebê-la em sintonia com uma força criadora, a qual não nos fez por acaso, mas para que possa valer a pena todos os nossos mínimos suspiros.
CARLOS EDUARDO CASTRO DOS SANTOS.

2 comentários:

Tony Silva disse...

Bonita mensagem, Eduardo!
Que Deus te ajude a perseverar em tua vocação!

Eduardo disse...

Um Pedido aos amigos agentes de pastorais da matinha. O nosso Amigo e vocacionado James, está ainda hospitalizado no Cecom,após várias cirurgias, se possivel rezem, mas melhor seria uma visita... Deus abençoe!